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Essência Swiftie: Do carinho a loucura do fandom brasileiro pela Taylor Swift

Conheça algumas das experiências mais marcantes vividas pelos fãs da cantora

Se prepare para uma experiência inexplicável! Antes de começar a viagem ao fandom swiftie brasileiro, é necessário pensar na própria definição do termo “fã”. Para quem não sabe, fã é o indivíduo que tem e pode manifestar, ou não, grande admiração por uma pessoa pública, como um artista, político, desportista e dentre outros. Com isso, o fandom que acompanha a cantora Taylor Swift, se denomina carinhosamente como swifties. Aqui no Brasil, milhares de fãs estão espalhados em diversas regiões acompanhando o trabalho da cantora ao longo do tempo.

As possibilidades não possuem limites

Pensando na forma como podemos conhecer a carreira da americana, muito se deve tanto pela música quanto pelas redes sociais. Outros fatores como notícias, vídeos, recomendações e ainda mais caminhos colaboram para conhecer o trabalho realizado pela Taylor. No Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Rosa, Rafaela da Luz, de 26 anos, conheceu a cantora de um outro meio: “Eu lembro dela desde a minha adolescência. Ali no “Speak Now”, que tinha “Long Live”, minha mãe e meu pai eram viciados em Paula Fernandes. Lembro de ter o DVD, que eles tinham em casa, e comecei ali. Eu já não era fã ainda, sabe? Quando saiu o “Safe and Sound”, que foi a única música, assim, que eu gostei daquela época, ali. Eu lembro de escutar o “Red”, tipo, tocava direto na MTV e tal, mas eu realmente me tornei fã quando saiu o “folklore”. Antes eu ficava, ‘ah, não é meu tipo de música’”.

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Uma forma de estar mais próximo dela

Mesmo sendo uma artista que não vem de forma recorrente para o nosso país, os fãs encontraram uma forma de se aproximar dela, sendo uma delas adquirir alguns itens da Taylor. Aliás, algumas lojas disponibilizam diversas opções de produtos da loirinha, mas os swifties continuam focados em ter as coleções oficiais. Olhando para seus itens como fã, Rafaela da Luz diz: “eu sempre quis ter coleção. Eu sempre gostei de ter livro, essas coisas, e quando eu era criança, eu tinha CD. Era tipo, ‘meu Deus!’, sabe? A gente ia nas lojas, tinha CD e eu adorava comprar, mas eu sempre comprava os falsificados. Eu nunca tive nada original. Quando me deram dinheiro de adulto eu não podia colecionar DVD, porque eu não tinha nada pra assistir, mas eu tenho rádio em casa. Até um dos meus “Midnights” está em casa, porque eu estava escutando ele no rádio do carro. Eu gosto de colecionar, ter uma coisa de ser meu, sabe? Eu acho tão bonitinho”. Durante a entrevista, Rafaela contou que atualmente, sua coleção totaliza 21 CDs da artista. Isso que é dedicação de verdade!

Foto 01 - Coleção de CDs da Rafaela da Luz (Foto_ Arquivo Pessoal).jpg

Coleção de CDs da Rafaela da Luz
(Foto: Arquivo Pessoal)

Não sendo apenas a Rafaela, mas Lívia Bastos, de 23 anos, que mora em Lavras, Minas Gerais, também possui a dedicação para colecionar os produtos da famosa. “Eu tenho o moletom, que eu fiz questão de comprar o oficial porque eu queria levar uma coisa oficial do merchandising da ‘The Eras Tour’. De item, sozinho, acho que o moletom foi o mais caro, foi R$350. Mas eu tenho os CDs também. Eu tenho o ‘The Tortured Poets Department’ também, a versão normal, mas aí eu já queria comprar o ‘The Anthology’ porque eu prefiro muito mais as músicas do ‘The Anthology’ do que da versão normal. Tenho cinco CDs, tenho camisetas que eu comprei em lojinhas da Shopee também. Eu quero comprar os outros, porque eu compro aos pouquinhos. Então provavelmente eu vou ter todos os CDs dela que é uma meta minha pra colocar enfeitadinho. Eu nem escuto porque eu não tenho toca CD, sabe? Isso é uma coisa que eu tenho que ficar me corrigindo também, porque eu morro de vontade de comprar os vinis, porque eu acho a coisa mais linda do mundo você ter coleção de vinil, mas eu não tenho a vitrola. É um hobby caro você comprar vinil, porque cada vinil, o quê? R$500, R$300, no mínimo, um vinil. A vitrola, uns mil e pouco, se você for comprar. Toda hora eu tenho que ficar me auto policiando, ‘Lívia, não faz isso! Lívia, não faz isso!’ Porque é um hobby caro, você vai começar e vai entrar em dívida. E aí eu fico nos CDs, assim mesmo que eu uso mais como item de decoração, porque escutar mesmo eu não escuto nenhum”. Vamos ser sinceros, quem mais se identifica com essa atitude das duas?

A admiração nos faz chegar no limite

Leticia Bernardo em registro da "The Eras Tour" no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

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Para alcançar nossos sonhos, muitas vezes sacrificamos algumas coisas para atingir determinados lugares. Um exemplo disso é Leticia Sousa Bernardo, de 23 anos, que viajou de São Paulo até o Rio de Janeiro para poder assistir a “The Eras Tour”. Mas vocês acham que a complicação termina por aqui? Dá uma olhada na vivência para ver a loirinha: “A viagem em si foi uma loucura, porque eu viajei no dia 17 de novembro e eu tinha que entregar o meu TCC no dia 21 de novembro. Eu ia chegar em São Paulo no dia 20 e eu estava sem computador para a viagem porque eu ia viajar de ônibus. Então, eu terminei o meu TCC no meu celular e isso foi a maior loucura que eu já fiz na minha vida, quase morri de nervosismo. Naquela época eu estava muito estressada, ainda mais porque tinham cancelado tudo aquilo do show. O show (do dia 18 de novembro) tinha sido cancelado. E também eu gastei mais dinheiro do que eu deveria”. Durante o episódio do Conexão Swiftie, podcast oficial do Taylor’s Home, Leticia Bernardo também se lembra de muitos momentos positivos dessa experiência, como as trocas de pulseiras na fila do show. Aliás, tudo deu certo para ela no final!

Não é apenas ela que fez loucuras não! Maria Luíza Ávila, de 23 anos também, seguiu os mesmos passos de Leticia para poder ir na “The Eras Tour” mas com alguns detalhes diferentes. “Eu tava terminando a faculdade e eu precisava defender meu TCC. Então, depois que eu decidi que eu iria pra ‘The Eras Tour’, eu passei os próximos meses focada 100% em terminar meu TCC, porque eu queria muito defender antes do show. Eu queria defender presencialmente, queria defender com meu pai, porque ele ia pra Portugal, fazer um intercâmbio que eu ia ficar seis meses sem ver ele. Eu queria muito fazer essa celebração mas, infelizmente, não deu, porque a minha banca não estava disponível. Então, eu precisei fazer online, e pior ainda, eu precisei fazer dois dias depois do show. O que era pra ser meu presente depois da formatura se tornou um bom augúrio? Acho que pode dizer isso, né? Eu vi a Taylor Swift e depois eu falei, ‘é isso, eu vi a Taylor Swift e agora o que é defender um TCC?’ Então, isso aconteceu”.

O melhor disso tudo é que Maria Luíza conseguiu encaixar um romance no meio de toda essa aventura. Afinal, quem não gostaria de viver um romance como nas músicas da loirinha? “Meu ‘lover’ da época, ele conseguiu um ingresso de última hora. Ele falou, ‘é isso, tô indo’, e eu fiquei, ‘não acredito que você tá fazendo isso’. E ele, ‘tô indo, sim. Tô indo ver o show com você’. A gente não se conhecia pessoalmente, porque ele é de Belém. A gente se conhecia fazia muito tempo, uns três anos que a gente era amigo e tal, mas começou uma paquerança no meu aniversário de 21 anos. Então, isso aconteceu, e aí em outubro, a melhor amiga dele não tinha como ir pro show, porque ela ia se casar e precisava do dinheiro, então ele falou, ‘eu vou’. A gente comprou a passagem de última hora”. Ainda no podcast Conexão Swiftie, a fã trouxe mais detalhes de como foi todo esse momento em sua vida. Cada um conquistou uma história da melhor maneira possível!

Registro da Maria Luíza Ávila na "The Eras Tour" em São Paulo (Foto: Arquivo Pessoal)

Algumas coisas podem ser diferentes…

Mesmo que todo fandom reconheça as qualidades artísticas da Taylor, como o storytelling, as letras, os easter eggs, as performances, as teorias e muito mais, os fãs ainda reconhecem que a cantora poderia fazer algo de diferente. Anos atrás, no documentário de 2020 chamado “Miss Americana”, Taylor Swift deixou evidente o quanto trazia pautas e assuntos atuais para sua carreira. Hoje, com um posicionamento diferente do que antes, os swifties mostram o incômodo em relação a isso. “Eu entendo a maior parte das vezes dela não falar nada, não se posicionar, porque ela é grande. Principalmente quando ela tava nos estádios, fazendo shows e o que aconteceu em Viena. O fato de que ela poderia falar alguma coisa e… Sabe como o povo dos Estados Unidos é maluco e poderia acontecer alguma coisa, eu entendo o medo. Mas assim, quando veio o show no Brasil, a Ana ali faleceu, eu fiquei chocada, porque ela também é de uma cidade pequena, que foi realizar um sonho. Tipo, como se eu tivesse ido pra lá, sabe? E ela não fala nada, não publica nada. Por isso que estava quase fingindo que nada aconteceu e foi um choque, porque eu sabia que ela geralmente não fala nada de política. Não fala nada, absolutamente nada as vezes. E eu fico, ok, eu entendo, não concordo mas eu entendo. Só que sobre isso, sobre tudo que tava acontecendo aqui e o fato que ela quase não vinha... Quase não vem pra cá e ela simplesmente deixou muita gente na mão, me deixou muito mal naquela vez. Eu fiquei muito triste, principalmente porque tinham vários amigos lá. Eu tava preocupada com os meus amigos lá, porque eu não sabia o que poderia acontecer. Foram uns momentos que era pra ser uma coisa boa, que virou uma coisa desconfortável”, disse Rafaela da Luz.

Se talvez exista um motivo para essa mudança de posicionamento? Não sabemos ao certo, mas Maria Luíza aponta que algumas coisas podem ter influenciado nessa questão: “Acho que existe em dois momentos. Acho que o mais recente, obviamente, as eleições americanas, desde que ela começou a andar com a laia do Travis Kelce, as coisas ficaram um pouco mais singelas. São pessoas um pouco polêmicas, e ela não esteve tão vocal como ela já esteve no passado sobre as posições políticas dela. É inegável o impacto que ela tem na sociedade, ainda mais do país em que ela vive, se ela tinha um impacto tão grande na era ‘Lover’, tipo assim, quando nem tinha ‘folklore’ ainda, imagine agora o impacto que teria tido nos eleitores da Câmara. Então, isso é uma questão bem política e não tem como não falar do Brasil. Então, a forma como ela lidou com o dia 17 de novembro, dia 18, foi péssima. Não faria aquilo de forma alguma. Eu acho que ela devia ter contratado, sei lá, uma agência local pra poder cuidar da situação. Aquela ali foi uma tragédia, uma tragédia midiática, e a forma como ela só seguiu em frente foi bem tosca. Eu acho que esses são dois episódios em que eu penso, ‘nossa, que escolha péssima. Eu poderia ter te dropado agora, mas não vou dropar em respeito à minha história, que é muito maior do que você e a sua equipe’”

O assunto toma um outro clima quando se pensa por esse lado, mas ainda temos uma outra observação a se fazer. Leticia Bernardo tem em mente que tomaria uma atitude cheia de certeza, em relação a parar de acompanhar a Taylor, caso ela desagradasse suas visões sobre a sociedade. “Se ela estivesse fazendo alguma coisa mais grave, em questão da política, eu me afastaria. Isso é difícil porque já está na minha vida, mas eu faria isso”.

Maria Luíza Ávila no show da "The Eras Tour" em São Paulo (Foto: Arquivo Pessoal)

O que ela nos faz ficar próximos dela?

No mundo contemporâneo da cultura pop, muito se discute sobre os talentos de cada cantora ativa na indústria musical. No caso da americana Swift, algo chama a atenção para muitos fãs, além do que foi dito antes. “Eu adoro analisar tudo o que ela escreve. Para ver não só como combina com a vida dela, mas eu gosto de usar as letras que ela faz para tentar descrever cenas de filmes que eu gosto, livros. Até porque eu adoro ver aqueles edits com as músicas da Taylor. Eu adoro, isso me atrai bastante, porque eu consumo mídias novas, até que eu fiz o meu TCC sobre isso, eu fiz uma análise das músicas que ela escreveu, para ver como contava a história do filme e do livro. Para quem não tinha contato com essa música, com essa mídia ainda. Então uma coisa que eu sempre recomendo, se você gosta de melodias boas, letras fortes e que você consegue visualizar tudo o que ela escreve, você tem que ouvir a Taylor Swift. Uma coisa que eu gosto bastante também, a questão dos gêneros que ela sempre está viajando. Eu falo, ‘você precisa ouvir esse álbum, é sua cara, se você gosta desse livro, você vai gostar desse álbum’. Eu adoro recomendar coisas assim para qualquer pessoa que não tenha ouvido ainda”, contou Leticia Bernardo.

Usando o exemplo da swiftie que disse que as pessoas podem se conectar com as canções da carreira da loirinha, Vinicius Pompeu, de 22 anos, acredita que essas faixas podem criar uma identificação com muitos públicos. “Por mais clichê que seja, acho que são realmente as composições dela, o jeito que as letras dela fazem você se sentir entendido. Escutar as músicas dela que estão retratando exatamente o que você está passando, ou o que você já passou, ou o que você nunca passou, mas ao mesmo tempo você sente como se você estivesse passando também. As músicas dela podem preencher esse espaço do meu dia, de me permitir sentir, seja lá o que for”.

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Tradições que estão entre as amizades

Tanto Vinicius Pompeu como Lívia Bastos, são melhores amigos que internalizaram a Taylor como um assunto em comum entre eles. Os mineiros, que hoje se encontram em duas cidades diferentes, não deixaram a distância afetar tanto a amizade, como aproveitar os sentimentos como swifties juntos. Por isso, em todos os lançamentos feitos, ambos se juntam em uma chamada de vídeo para conversar sobre a novidade do momento. “Acabou criando uma tradição entre eu e uma amiga específica minha, que é a Liv, porque depois do ‘folklore', a gente fez isso de novo com todos os outros lançamentos dela. Então, ‘evermore’, ‘Midnights’, ‘The Tortured Poets Department’, todos esses pra ver a Liv lá, sempre por chamada, porque a gente nunca tá na mesma cidade. Mas ouvindo o álbum inteiro juntos, e criando toda uma ambientação onde a gente tá. Então, são memórias que eu guardo com muito carinho. Você até perguntou, né, de amizade, eu acho que... Eu tenho outros amigos também que acompanham, que são muito fãs, mas acho que ela em específico é a amizade que eu mais cultivo, que tem relação com isso, tanto que a gente foi na ‘The Eras Tour’ juntos”. Quem não se lembra de um amigo swiftie assim com você, só pela fala do Vini?

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Lívia Bastos e Vinicius Pompeu na fila para a "The Eras Tour" em São Paulo (Foto:  Arquivo Pessoal)

Falando na “The Eras Tour”, a Lívia se recorda de situações específicas, mas muito especiais, vividas ao lado do melhor amigo: “Eu não lembro muita coisa, porque eu tava com muita adrenalina. Eu tava muito eufórica e acaba que muita coisa foge. Mas eu lembro nitidamente de ‘Long Live’, porque é uma música muito importante pra mim e pro Vini, inclusive. É a música da nossa amizade, assim. A gente prometeu um pro outro que... Nosso primeiro show da Taylor, a gente iria juntos e a gente iria cantar ‘Long Live’ um pro outro. Eu lembro nitidamente desse momento. Porque foi um momento muito específico. A gente segurou na mão do outro e cantou muito forte, sabe? E aí, eu acho que esse foi o momento mais mágico, assim, do show”.

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Orgulho ou vergonha de ser fã da loirinha?

Registro da Lívia Bastos com Vinicius Pompeu

na "The Eras Tour" (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais uma vez, existe a interferência das redes sociais no fandom da Taylor. Dentre os muitos estereótipos criados sobre a imagem dela, muitos fãs não sabem ao certo se tem coragem de assumir se são um swiftie ou não. Por mais que isso seja apenas uma característica pessoal, alguns fãs não mostram a posição de falar isso para outras pessoas. “Antes eu ficava com muito medo, eu ficava com muita vergonha porque você saia na rua com uma camiseta da Taylor, e aí seu amigo já ia comentar, ‘ah, você é swifter’, ‘ah, não sei o que’. Antigamente, eu ficava com medo de me mostrar que eu era fã dela. Só que depois do show, eu vivi uma coisa tão boa, que eu falei, ‘ah, quer saber, eu comprei um monte de camiseta, eu comprei um moletom, eu vou usar. Não tem problema, não’. Eu usava, eu fazia questão de falar que eu era fã da Taylor, eu faço questão até hoje de falar que eu sou obcecada nela. Só que por conta dos posicionamentos dela que são bem questionáveis, eu começo a ficar um pouquinho mais ansiosa, sabe? Nesse momento, nessa altura do campeonato, eu tô um pouquinho mais ansiosa por conta dessas atitudes dela, mas é uma coisa que eu não me importo de falar, eu sou fã da Taylor, eu não tenho vergonha. Antes eu tinha medo, mas depois do show, eu desencanei disso, mas eu começo a voltar a falar que eu fico com, voltar a ficar com medo de falar que eu sou fã, mas por conta do que eu acredito e não do que as pessoas vão pensar, na verdade. Não é uma questão de vergonha, é mais uma questão interna”, disse Lívia sobre seu lado swiftie.

Agora, mesmo com uma experiência como a “The Eras Tour”, Vinicius ainda reflete antes de falar sobre ser fã da cantora: “Sinceramente, eu acho que depende muito do ambiente que eu tô e de com quem eu tô. Às vezes eu não nego que eu sinto um pouco de vergonha, sim. Não pelo fato de gostar dela, mas pelo fato de, tipo assim, é um certo receio de falar que eu gosto dela e acharem que eu sou igual a esses swifties que acham que ela é Jesus. Eu morro de medo de acharem que eu sou assim. Então, realmente, às vezes eu dou uma disfarçada, eu deixo baixo pra não pensarem que eu sou assim. Quando eu tô no safe space, quando eu conheço alguém que eu acho que vai gostar de alguma música, de algum álbum específico dela, eu recomendo, mas... Eu presto atenção em que terreno eu tô me metendo antes de falar, sabe?”. Pois é, até os swifties não tem paz!

Lívia Bastos com outros fãs na fila da "The Eras Tour" (Foto: Arquivo Pessoal)

O estigma sobre o fandom que causa isso

Como comentado antes, é por meio das redes sociais que uma ideia se consolida sobre o fandom da loirinha. Seja por meio dos swifties ou entre outros fãs, tudo constrói uma imagem que vai refletir de diferentes formas para cada um, assim como foi com Rafaela da Luz. “O preconceito com swiftie é muito grande, porque muitas vezes parece que é alguma coisa sobre ela, sabe? É que nem quando ela começou a aparecer nos jogos de futebol, e todo mundo começou a falar mal porque ela aparecia um segundo, sendo que a outra pessoa que estava lá também, aparecia um segundo e ninguém falava nada. É muito por conta dela, só que ela nunca faz nada. Realmente incomoda, sabe? É uma coisa bem engraçada, se tu for ver, porque ela incomoda bastante. Nesse meio fandom, às vezes faz umas atitudes erradas e puxa o nome dela junto, entende? Por isso que muitos não gostam. Eu estou muito longe agora das redes sociais, eu realmente dei uma baixada, às vezes, não entro nenhuma vez por dia. Eu fiquei fora também do X há bastante tempo e já não tenho mais tanto contato com o fandom. Nem vejo direito o Instagram, porque me faz voltar a escutar mais as músicas dela, porque eu não estava mais ouvindo antes por conta do fandom. Eu estava pegando, tipo, ranço por conta do povo, sabe? Principalmente ali, depois dos shows aqui no Brasil, que deu tudo aquilo, eu também dei uma para trás, sabe? Mas o fandom foi uma grande parte do motivo”.

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Seja com suas diferenças, positivas ou negativas, os fãs da Taylor Swift se mostram um fator crucial para o desenvolvimento da carreira da cantora. Hoje, com milhões de pessoas espalhadas pelo mundo que acompanham o trabalho da americana, Rafaela, Leticia, Maria Luíza, Vinicius e Livia apenas demonstram uma pequena parte do fandom que existe no nosso país. Depois de tantos altos e baixos, ao lado da artista, sabemos que todos nós estamos sempre atentos a cada passo dado pela loirinha.

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Swiftie, sempre ao lado da Taylor

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